quarta-feira, dezembro 12, 2007

Estrelas

Ontem eu ví estrelas da minha cama...várias delas, mais de dez, ou vinte...não contei, mas eram muitas.
Nunca tinha acontecido isso, ou eu nunca as tinha notado, ou elas nunca tinham parado por ali, sei lá.
O fato é que as estrelas me lembraram a infância, quando eu achava que era só olhar pra uma delas e fazer um pedido, que TCHARAM!, na manhã seguinte tudo ia estar resolvido.
Mas na noite passada eu fui um pouco menos utópica, não seria qualquer estrela que realizaria meu pedido não, tinha que ser uma estrela cadente...
Resultado: fiquei horas olhando pro céu esperando uma delas cair.
Nenhuma caiu.
Perdí meu sono.
Me sentí mais boba do que quando era uma garotinha.
Fiquei pensando se o pedido que faria era realmente necessário.
Odeio pensar.
Tudo na minha vida leva o triplo do tempo normal só porque penso demais.
Talvez se eu agisse mais e pensasse menos, as coisas seriam melhores...
Talvez....

Talvez é uma palavra engraçada, né?
Talvez...Tal-vez.
É muito providencial também.
Na dúvida, sempre diga talvez. O sim e o não são muito definitivos.

...

Olha só a Joy...Pensando demais...de novo.
Culpa das estrelas!
Nunca mais durmo com as cortinas abertas.

quarta-feira, junho 13, 2007

dia dos namorengols

Ontem foi dia dos namorados.
Weee!
Acho bobagem, comercial, e meio sem sentido.
Até concordo q seja bonitinho, tirar o dia pra fazer agrados, declarações... mas sejamos racionais, é só mais uma forma q os comerciantes acharam pra ganhar dinheiro, e uma desculpa pros consumistas de plantão! aiheaheuhae
Pra mim, é quase tão útil quanto o dia da entrega da insígnia*...ou seja, legal na hora, mas no dia seguinte volta tudo ao normal, o q tá ruim, continua ruim, e o q tá bom, continua bom. Simples assim.

Acho triste estar sem namorado no reveillon, ou antes de uma prova difícil, ou quando sinto uma saudade gigantesca dos meus pais, ou quando fico sozinha nesse apartamento e demoro pra dormir com medo de entrar um ladrão...ou quando inventei uma receita nova de omelete e não tem ninguém pra provar naquele momento, entendem?
Nessas horas q sinto falta de alguém, e não quando as meninas estão ganhando flores, chocolates, e etc, no tal do dia 12.
Embora eu goste de chocolate...preferiria dividir uma xícara de café num dia 29 de março chuvoso em q eu tivesse com frio.
E não é recalque, (Gui talvez achará isso, pq toda vez q eu falei a palavra "doze" nos últimos dias, ele achou q eu tava prestes a cortar meus pulsos assim iaheuihaieu), percebam q não estou subestimando a importância de um namoro, e sim a data comemorativa em sí.

Claro q um namoradinho seria agradável, mas se eu ainda não aprendí a "correr com as borboletas" como disse o caro anônimo q escreve bonito**...deixo essa idéia em stand-by. Aliás, se a pessoa em questão quiser me explicar como se faz isso, eu agradeço (y) até pq, no momento, as borboletas estão voando em círculos e tá difícil pra acompanha-las...



* Entrega da insígnia: cerimônia que já foi tradicional nas faculdades de enfermagem, mas q hoje em dia só é feita na Unirio, basicamente, é uma mini-formatura onde te entregam um broche pra marcar sua entrada nos hospitais da vida.

** Damien Rice acorda os meus sonhos, que de tanto serem sonhados, agora são nada mais que pesadelos. Você não pode com as borboletas, ninguém pode. Joy, não corra delas, corra com elas.

domingo, junho 03, 2007

filtros

De vez em quando, eu passo por uma fase em q acabo filtrando tudo de ruim q acontece...de modo q ver o jornal, se torna uma tortura à cada nova notícia ruim q eles dão, ou ver um mendigo dormindo na rua me deixa mal o dia todo, ou lembrar no meio do banho q a água do planeta tá acabando me faz desligar o chuveiro rapidamente me sentindo extremamente culpada...enfim, coisas do tipo.
Não é legal não, eu fico refletindo sobre os problemas do mundo todo e não me deixo ficar triste pelos meus, q ao meu ver, pelo menos nessa fase, são os mais idiotas do mundo.
Então, ontem estava eu acompanhado as consultas da minha professora de genética na comunidade carente q ela desenvolve o projeto, e à cada nova criança q entrava no consultório, eu ficava mais e mais triste...
Eles não tinham nada grave, mas eram crianças com aparência tãooo sofridas...mas ok, eu tava repetindo pra mim mesma: vc não pode ser assim...vc nunca vai ser uma boa profissional se não começar a racionalizar um pouco as coisas, se controla Joyce...e eu tava disfarçando bem até entrar aquele menino.
Nunca ví olhos tão tristes...
Era o aniversário de 11 anos dele, tava lá com a mãe pra ajudar a cuidar dos irmãos mais novos, e o tempo todo recebia olhares de reprovação dela, como se não tivesse feito nada direito, ele tinha uma assimetria facial, a mãe disse q os amigos caçoavam constantemente dele por causa disso...à essa altura eu já tava com muita dó, até q olho pro braço dele e percebo...o relógio não funciona. E foi esse simples detalhe idiota, q me forçou a ter o máximo de auto-controle q podia...eu não sei pq, mas o fato dele ter um relógio q não funcionava me fez entender na hora pq aquele menino de 11 anos aparentava ter 16, e o pq daqueles olhos tãooo tristes.
Quando ele tava quase saindo, eu disse:
- Feliz aniversário!
Ele me olhou como se fosse a primeira vez q ouvia aquilo no dia...deu um sorriso enorme como quem pensava:
- Alguém notou a minha presença aqui!

E não, eu não sou nem de longe defensora de fracos e oprimidos, não faço muita coisa pra ajudar alguém, ou pra melhorar a situação do mundo...mas aquele menino me comoveu como nunca, e eu queria muito ter falado pra ele q tudo vai dar certo, q ele ainda vai ser muito feliz...mas em vez disso, vim pra casa, e chorei.
Daqui a pouco a fase passa, sabe? Daqui a pouco...

sexta-feira, maio 11, 2007

indefinida

1 hora da manhã de mais uma sexta na minha vida.

Dilema do momento: continuar estudando reflexo defecatório, ou vir aqui dizer logo tudo q tava engasgado na garganta?
Como vcs podem ver, escolhí a segunda opção.
Mas o q eu tenho pra dizer, não pode ser agora pq estou caindo de sono, prestes a esquecer até meu próprio nome...ou simplesmente... pq não tenho coragem mesmo.

Só sei q Damien Rice me mata...ele é impiedoso, cutuca seu coraçãozinho até vc sucumbir, acorda todas as borboletas q até então estavam quietinhas, e aí passa pra próxima canção como se nada tivesse acontecido, e vc termina com uma caixa de lenços numa mão, uma de chocolates na outra, e opa! Ainda estamos falando do Damien Rice?

E continua-se sentindo as tais debochadas borboletas dançarinas de salsa por todas as partes...como se estivessem dizendo o tempo todo:
- Vc não pode conosco! há-há-há
E devo admitir q não posso, não mesmo.
E antes q eu pare muito pra pensar nisso, é melhor ir dormir mesmo.

domingo, março 04, 2007

mochilar?

Agora mesmo eu tava lendo o blog de uma garota q tá mochilando pela América do Sul com o namorado, e apesar de em nenhum momento eu desejar estar no lugar dela, lembrei de como já tive essa ânsia em várias fases da minha vida.
Quando eu tinha uns 15 anos e saí da casa dos meus pais, o sentimento de liberdade misturado com o medo de ficar sozinha, me remetia sempre a essa vontade de viajar, não de viajar somente, de fugir mesmo... sei lá pq, talvez eu achava q era melhor ir embora do q ficar vendo os outros irem.

E foi assim a adolescência toda...era tanta liberdade q eu não sabia o q fazer com ela, era tanta liberdade q eu não consegui contê-la, era tanta liberdade q deixei tudo escapar...


Sempre me perguntei várias vezes o q aconteceria se eu pegasse meia dúzia de roupas, escova de dentes, meias limpas e fosse...sem rumo...E sempre me vem duas respostas na cabeça: ou eu seria muito feliz, ou eu seria muito triste. O problema é q como só tem 50% de chances de dar certo, eu não faço...nunca fiz, e nem nunca farei. Eu sou assim, mergulhar de cabeça nunca! Nem no mar pq entra água no meu nariz! E só pra ter o trabalho de me lamentar por isso depois.
Ah sim, e tb pq é muito fácil planejar uma viagem no papel, é muito fácil dizer q vai lavar louça no restaurante em troca de comida, q vai dormir no banco da rodoviária, q vai lavar suas roupas com sabonete no banheiro do posto de gasolina. Na teoria é tudo lindo, aventura é o máximo, ter coisas pra contar pros netos, uhulll Na prática vc acaba indo só até São João do Rio Preto, seu celular de quinta vai ser roubado, o dono da restaurante vai chamar a policia se vc não pagá-lo em 5 minutos, e isso com sorte, pq com azar vc vai se ferrar bonito nas mãos de um frentista ou de um caminhoneiro.

E nos dois casos, vc não vai contar é nada pros netinhos, pq ou será algo patético demais pra contar, ou pq vc nem vai viver o bastante pra ter filhos, quanto mais netos...aiehaiuheiauheiuaheiuh
Enfim, eu achava q desde q entrei na faculdade, essa ânsia de fugir, sei lá de quem ou do q, meio q passou...talvez pq finalmente eu faço algo de concreto pelo meu futuro, ou talvez pq já não tenho mais tanto tempo disponível pra pensar nessas coisas... Até q semana passada, eu tava num ônibus em pleno carnaval, e ví 4 gringas, de chinelinho havaianas, parecendo inseguras mas ao mesmo tempo animadas, tentando perguntar o caminho certo pra trocadora, tentando entender o q o folião engraçadinho bêbado tanto dizia pra elas, e achando muita graça nas pessoas e nas coisas, até descerem em plena central do Brasil, de noite...coisa q eu acho perigosa por demais, mas elas, com toda a ingenuidade de quem não fala português no Rio de Janeiro, estavam pouco preocupadas com isso, queriam se divertir, e foram andando felizes rumo ao sambódromo.

E isso me fez perceber q eu tava errada, q minha vontade não passou coisa nenhuma, eu ainda quero sair daqui um dia, botar a cabeça pra fora da janela e gritar muito, achar graça em coisas e pessoas diferentes das q eu tô acostumada, me perder e pedir informações consultando um dicionário, mas como bem ou mal precisa-se de grana para fazer isso, e como só vou ter grana quando estiver trabalhando, e como eu não vou ter tempo pra nada quando estiver trabalhando, deixo essa vontade armazenada pra próxima vida. Sem dramas, sabe? Acho q me contento com um mês redescobrindo Fortaleza, ou melhor ainda, com um emprego em algum hospital no exterior, onde nem terá tanta graça, pq eu não seria turista, e sim uma imigrante latina fazendo o trabalho q eles não aceitaram fazer, mas heyyy... pelo menos teria shows fodásticos pra ir nem q fosse 1 vez a cada 3 meses.


Falando em shows, acho q tô precisando é de um dvd de show do travis + ar-condicionado ligado no máximo + edredon + rosquinha de coco + leite gelado.Isso seria o bastante agora!Eu acabo ficando feliz com MUITO menos dq q tudo q sonho e desejo pra minha vida...e até acho isso muito positivo, sabe? Por motivos q eu deixo pra um próximo post, pq esse já tá grande demais.


terça-feira, janeiro 09, 2007

Descobertas

2007 chegou!!!

E finalmente me livrei de 2006...Aliás, ano passado descobri algumas coisas(sobre mim e todo o resto) q talvez mereçam ser registradas, não q sejam muito relevantes pra alguém q eventualmente leia esse blog empoeirado.

São elas:

1. Eu continuo começando as coisas e não tendo disposição pra continuá-las. (ex: esse blog...e...e...bom, e nada, esse é o único exemplo q precisa ser citado)
2. Fato, eu só aprendo as coisas da forma mais dificíl. (ex: fisiologia)
3. Eu sou mais facilmente adaptável do q eu imaginava. (ex: república)
4. Eu não perdôo facilmente, MES-MO. (ex:{paro com os exemplos por aqui})
5. Eu sou passiva, aguento calada até não poder mais.
6. Posso me apegar mais à alguém q eu só vi 4 vezes na vida, e q eu mal conheço, do q à pessoas q convivem comigo todo dia.
7. Mentira me causa muito medo...por motivos diversos.
8. Eu sou uma das pessoas mais carentes q já ví na vida, ainda assim, mantenho minha dignidade. (ihaehiae)
9. Prefiro ver um menininho de terno andando pela praia do q uma noiva saindo da água.
10. Quando Deus me desenhou, ele tava namorando.

Bom, essas foram as 10 coisas mais significativas q aprendí em 2006.

E tenho sentido uma saudade absurda dos meus pais...e muita dó de estar perdendo tanto tempo ao lado deles. E isso é triste, e dói.
Sabe o q mais dói?
Meu coraçãozinho. (iauehiuahe)
ok, ok, parei.

E vamos ver se em 2007 plutão me dá folga, e júpiter assume as rédeas da minha vida.
Pelo menos é isso q tenho lido em todos os horoscópos, e ouvido de pessoas q entendem, ou dizem q entendem, um pouquinho sequer de astrologia.
Eu realmente acho q tudo vai melhorar, e não custa nada ter pensamento positivo.

O importante é q enquanto houver dança, haverá esperança!